terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu já vivi o vosso futuro

Segundo a ciência, que a natureza é cíclica, é um facto. Que o terramoto de 1755 que se abateu sobre Portugal se irá repetir, é, quase, uma certeza. Que o ser humano é parte integrante da natureza, é uma realidade.

Analisando num plano cientifico as premissas, será que no plano ideológico haverá analogia?

Segundo Vladimir Bukovsky, escritor e cientista russo, essa é uma realidade. Fazendo fé de um e-mail, daqueles que circulam por aí:

Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa

"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).


O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo examinando a sua versão soviética.


A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.


Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de parlamento, o Soviete Supremo.



Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.


Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?


A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.


Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE.

Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE, parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vossos sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.


Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que temos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.


O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE.

Os procedimentos anti-democráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou.



Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto».


Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade.

Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE.

Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos.

O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (...)

«Eu já vivi o vosso futuro»..."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Hotel Califórnia - Eagles

Há quem diga tratar-se de uma alusão ao satânico. Outros que é à onda gay.

As músicas e poemas não têm necessariamente de ter um objectivo pontual. A poesia e a ciência embora não sejam tão antípodas como se possa julgar, mas aquela por trabalhar mais as emoções, tem a vantagem de poder tomar vários caminhos interpretativos. Quem as lê ou ouve pode decidir que mensagem lhe suscita ou, irracionalmente, sentimentos lhe afloram. No entanto, nos poemas, por vezes, também existem questões factuais. Em “Hotel Califórnia” não podemos esquecer que o ano de 1969 foi rico em drogas com LCD no topo delas, comunidades hippies sem rumo e objectivos de vida, sexo sem tabus com culto de orgias. Passada a euforia desta moda, alguns ficaram presos a ela isto é, viciados sem conseguirem libertar-se com agravante de em muitos casos haverem lideres que subjugavam às suas vontades a vida de outros, iludindo-os de que eram livres.


Letra traduzida:
Numa estrada escura e deserta, vento fresco em meus cabelos
Cheiro morno de baseado, se erguendo pelo ar
Logo a frente a distância, eu vi uma luz trêmula
Minha cabeça ficou pesada e minha visão embaçou
Eu tive que parar para dormir

Lá estava ela na entrada da porta;
Eu ouvi o sino da recepção
e estava pensando comigo mesmo:
"Isso poderia ser o Céu ou o Inferno".

ela ela acendeu um candelabro e me mostrou o caminho.
Havia vozes pelo corredor,
Eu acho que ouvi elas dizerem...

Bem-vindo ao Hotel Califórnia,
Que lugar encantador (2x)
Que rosto encantador.
Vários quartos no Hotel Califórnia,
Qualquer época do ano,
você pode nos encontrar aqui.

Sua mente é depravada, ela tem um Mercedes-Benz,
Ela tem vários lindos, lindos rapazes, que ela chama de amigos.
Como eles dançam no jardim, doce suor de verão,
Alguns dançam para lembrar, alguns para esquecer.

Então eu chamei o Capitão,
"Por favor, traga-me meu vinho".
Ele disse: "Nós não temos este espírito aqui desde 1969".
E ainda assim aquelas vozes estão chamando, à distância,
Te acordando no meio da noite
Só para ouvi-las dizerem...

Bem-vindo ao Hotel Califórnia,
Que lugar encantador (2x)
Que rosto encantador.
Nós estamos vivendo no Hotel Califórnia,
Que surpresa agradável (2x)
tragam seus álibis

Espelhos no teto,
Champagne Rosê no gelo,
E ela disse: "Nós somos todos apenas prisioneiros aqui, por nossa própria conta"
E no aposento do mestre,
Eles se reuniram para a festa.
Eles apunhalavam aquilo com seus punhais de aço,
Mas simplesmente não podiam matar a besta.

A última coisa que me lembro, eu estava
Correndo para a porta
Eu tinha de encontrar a passagem de volta
Para o lugar onde estava antes.
"Relaxe", disse o porteiro,

"Nós somos programados para receber
Você pode assinar a saída quantas vezes quiser,
Mas você nunca poderá sair!"

Letra original:
On a dark desert highway, cool wind in my hair
Warm smell of colitas, rising up through the air
Up ahead in the distance, I saw a shimmering light
My head grew heavy and my sight grew dim
I had to stop for the night

There she stood in the doorway
I heard the mission bell
And I was thinking to myself
This could be Heaven or this could be Hell

Then she lit up a candle and she showed me the way
There were voices down the corridor
I thought I heard them say

Welcome to the Hotel California
Such a lovely place (2x)
Such a lovely face
Plenty of room at the Hotel California
Any time of year (2x)
You can find us here

Her mind is Tiffany-twisted, she got the Mercedes-Benz
She got a lot of pretty, pretty boys, that she calls friends
How they dance in the courtyard, sweet summer sweat
Some dance to remember, some dance to forget

So I called up the Captain
Please bring me my wine
He said, we haven't had that spirit here since nineteen sixty-nine
And still those voices are calling from far away
Wake you up in the middle of the night
Just to hear them say

Welcome to the Hotel California
Such a lovely place (2x)
Such a lovely face
We're livin' it up at the Hotel California
What a nice surprise (2x)
Bring your alibis

Mirrors on the ceiling
The pink champagne on ice
And she said, we are all just prisoners here, of our own device
And in the master's chambers
They gathered for the feast
The stab it with their steely knives
But they just can't kill the beast

Last thing I remember, I was
Running for the door
I had to find the passage back
To the place I was before
Relax, said the night man

We are programmed to receive
You can check out any time you like
But you can never lea

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Carta de vinhos, Grão Vasco Dão Tinto


Grão Vasco Dão Tinto é para mim o melhor vinho corrente português, este em particular, o clássico. Produzido nas terras da região do Dão, Beira Alta. E chamo-lhe clássico por ser o primeiro produto com a designação a par com mais duas variantes: Douro e Alentejo.

O primeiro ponto agradável é o seu grau alcoólico, 12,5%. Não lhe tira, não lhe presta, nem camufla aromas é, para mim, o grau ideal. E, muito importante, não precisa de mais grau para lhe induzir qualidade.

Empiricamente, sinto um aroma frutado em que realça o sabor da própria uva (doce qb) de ambiente continental da Beira Alta, um aveludado sem exagero, o sabor fica-se praticamente no presente e, quando acompanhado por alimentos, realça-os sem que estes percam o seu sabor natural.

Produzido pela Sogrape Vinícola do Vale do Dão.

Não se tratando de saudosismo, é mesmo gosto, preferia o design do rótulo antigo onde o retrato de São Pedro pintado por Vasco Fernandes (pintor português), se destacava em primeiro plano.

Na minha classificação, de 1 a 5, atribuo-lhe 5.

O vinho e demais bebidas com álcool são para degustação e ajuda na composição de sabores, não são para matar a sede.