sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ninguém em casa




O senhores Portonha e Ugaleão, fundadores de uma pequena empresa, constituíram-na num período favorável ao inicio do negócio a que se propuseram. Como qualquer empresa, tiveram alguns percalços na sua constituição, nada que não se tivesse resolvido com força e persistência, como em tudo na vida. A concorrência, amiga da criatividade e qualidade, era agressiva, mas nada que os empresários não conseguissem resolver.

A empresa foi andado, umas vezes melhores que outras, uns anos mais rendível outros menos. Tiveram o seu auge num determinado período, com as invejas de que qualquer empresa de sucesso é alvo, com tentativas de "OPA's Hostis" em parte consumadas. Mas, a persistência e empreendedorismo dos empresários deram a volta à questão e conseguiram retomar a empresa que, com tantos ventos e marés contra, se tinham deparado para chegar ao estádio de umas empresas mais cotadas do mercado.

Como em qualquer negócio, para ser bom, têm as duas, três, n partes serem beneficiadas com o seu fim. Esta, infelizmente, por culpa ou não dos seus gestores, a partir de determinado período começou a ser alvo de estratégias menos fieis por parte dos seus parceiros, que à partida pareciam querer colaborar numa mais valia plural. Não se verificou isso, com a agravante de que gestores e sócios na altura, estarem mais preocupados com os luxos proporcionados que com a fonte que os proporcionava. Daí resultou que a empresa além de perder estatuto no mercado, nunca mais conseguiu recuperar os seus bons momentos. Como um dos resultados, a degradação do tecido operário com a saída, principalmente do especializado, para outras empresas.

Embora se diga que uma fortuna não consegue sobreviver mais de cinco gerações esta, chegou à sétima. No entanto, soube por fontes não sei se fidedignas, que esta empresa de largos anos está num estado de agonia financeira. Indaguei, e consta que a empresa não produz pois, tem matéria prima mas não explora, e deixa que sejam outros a tomar conta da sua estratégia. Agora, diz-se que uma empresa de nome Faz como Mando Inc., lhes vai dar umas luzes de como reabilitar a empresa.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Jantinha com os apóstrofos


Antes de qualquer risada, quero realçar que se eu fosse o professor do aluno que deu mote a este post, estava preocupadíssimo porque, preocupado estou eu na qualidade de concidadão deste miúdo.

É caso para dissecar se o erro é dele. Na minha opinião, não é. E, a lista de réus deste "tribunal" bloguista era extensa se eu a elaborasse.

Como não há "condenações" pela riqueza de cultura deste miúdo, o filho dele, se o vier a ter (mais valia que não), das duas uma: ou vai ser um individuo com oportunidades de se valorizar culturalmente porque, o pai - autor da resposta - tem inatamente bom senso e percebe a diferença entre ser culto e não ou, vai herdar uma postura de astenia cultural, à semelhança dos tempos da escravatura em que filho de escravo, escravo seria.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Filantropia

Neste mundo que se visa, quase em exclusivo, o lucro imediato e o esforço alheio, foi como vitamina a notícia abaixo transcrita num boletim de café, logo pela manhã. Por um lado angustiou-me pelas minhas / nossas atitudes egoístas por outro, foi como lufada de ar fresco ao perceber que ainda há gente com sentido de inter-ajuda.

A notícia:
Uma mãe solteira, que tem três trabalhos para conseguir manter um telhado sobre a sua cabeça e as das suas duas filhas adolescentes, perdeu esse telhado quando inesperadamente ele se desmoronou. Infelizmente, Christina Keller de Alberta, no Canadá, descobriu que a sua companhia de seguros não iria pagar para arranjar o telhado. O seu problema foi anunciado no jornal da localidade, e, felizmente dois biscateiros viram a história e ofereceram-se para ajudar. Os dois homens, Trent Maclsaac e Mike Gaensslem, que não se conheciam, eram uns bons rapazes que não gostavam de ver uma mãe tão trabalhadora ficar em dificuldades. Quanto a Keller, está tremendamente grata e espera um dia puder vir a ajudar alguém da mesma forma que a ajudaram a ela.

in Coffee News


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Carta de vinhos, Cerejeiras




Peço desculpa a quem seguia esta rubrica e, até hoje, se podia deliciar por um único sabor. Hoje apresento um vinho corrente da estremadura contudo, o seu sabor não é o comum dos vinhos desta região. Eu, como simples apreciador, acho que essa diferença se deve à casta "Castelão".

É um vinho de sabor agri-frutado ou seja, com a base caracteristica de um vinho da estremadura (ácido) e um frutado à semelhança dos vinhos Baixo Douro / Beiras.

Cerejeiras Regional Tinto é produzido pela Companhia Agrícola do Sanguinhal, Bombarral.

Óptimo para acompanhar carne e mesmo peixe, principalmente, azuis (gordos). Na minha tabela de uma a cinco estrelas, dou-lhe 4.





O vinho e demais bebidas com álcool são para degustação e ajuda na composição de sabores, não são para matar a sede.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Carta ao Mathis, de Francisco Seixas da Costa

Poderia editar a carta sem qualquer comentário meu. Estaria tudo dito ou por outra, a mensagem estava dada. Mas, angustiantemente, como o ser humano é de visões curtas quando estão em jogo os sentimentos, interesses, orgulhos, bem estar, esforço, humanidade, produtividade, cooperação, altruísmo enfim, tantas posturas que a ninguém faria mal mas sim bem, e isso só porque somos uma sociedade dividida e explicada biblicamente pelo episódio da "Torre de Babel", decidi escrever estas linhas para me juntar à indignação, não da directora da escola, sim à estupidez e egoísmo humano que não aprende que o bem estar do semelhante é o bem estar próprio e levou, muito bem, a directora, a tomar a melhor opção para evitar "motins infantis", ao proibir Mathis de entrar na escola com a camisola da selecção portuguesa.

Ao Mathis: desejo que continues a sentir-te orgulhoso das tuas nacionalidades!

Ao Sr. Embaixador Francisco Costa: obrigado pela bonita carta e muito pedagógica!

Aos nossos pares terráqueos: sejamos tolerantes e educados!

Aos franceses: o nosso ascendente e vosso Rei Roberto II trisavô do nosso primeiro monarca e fundador do reinado português, D. Afonso Henriques, não deveria ficar orgulhoso por no País dele ainda lidarmos assim uns com os outros.


A carta do Embaixador Francisco Seixas da Costa:




Olá, Mathis


Soube há pouco, por um jornal, que não te deixaram entrar na escola, aqui em França, porque levavas vestida a camisola da seleção portuguesa. Os teus pais, ao que parece, ficaram aborrecidos com isso.

Queria dizer-te que não deves ficar preocupado com o que aconteceu. Pelos vistos, o objetivo da direção da tua escola foi evitar a possibilidade de outros meninos, de várias nacionalidades - a começar pelos franceses -, poderem meter-se contigo e criar alguma confusão. Se calhar, na tua escola, há meninos da Coreia do Norte...

É muito bom que tenhas sentido orgulho em usar a nossa camisola. A França é o país onde vives mas, como se viu, Portugal é o país que trazes no teu coração. É aqui que, provavelmente, irás fazer a tua vida, no futuro, mas isso não te torna menos português. A França é uma terra onde há muita gente que veio de outros países, como de Portugal, à procura de oportunidades para trabalhar. A França deu-lhes essa possibilidade e os portugueses retribuíram com o seu esforço, com a sua seriedade e a sua honestidade, para a riqueza da sociedade francesa. E aqui estão, também em sua casa. Ninguém deve nada a ninguém. E tu és a melhor prova do sucesso da integração dos portugueses em França, com a tua mãe francesa e o teu pai luso-descendente.

Os portugueses que aqui vivem devem ser sempre leais para com a França que os acolhe, da mesma maneira que a França tem de aceitar que tu, tal como os outros meninos que se sintam ligados a Portugal, possam mostrar isso, nas ruas ou nas camisolas. Pode discutir-se se a escola é o lugar mais indicado para andar com as camisolas da nossa seleção, mas, aos teus amigos de cá, deves lembrar que foi a Revolução Francesa, aquela que está na bela "La Marseillaise", que ensinou o mundo a lutar pela liberdade, a defender a igualdade entre todos e a demonstrar a nossa fraternidade perante os outros.

Para ti, caro Mathis, quero deixar-te um abraço bem lusitano e um convite para, um destes dias, vires, com os teus pais, visitar a Embaixada. E também espero que, qualquer que seja o resultado que a seleção portuguesa venha a ter no Mundial, tragas vestida a camisola das quinas. É que nós, os portugueses, temos por tradição ser muito orgulhosos do nosso país, tanto nos bons como nos maus momentos.

Francisco Seixas da Costa

in http://duas-ou-tres.blogspot.com/2010/06/carta-ao-mathis.html

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dentadas da vida


Reparem na maçã com a primeira dentada! Linda, suculenta, aparentemente deliciosa. É como a nossa vida!

Não quero dizer que quem tem mais idade não tenha os atributos de uma juventude. Por vezes aliás, na maioria dos casos, têm até mais encanto e charme. Mas uma coisa é certa, a vida é efémera! Quantos não ouvimos dizer: "Se eu tivesse aquela idade...", "Aproveite agora, que era o que eu deveria ter feito...", "Então você é tão novo/a e já está com essa postura...", para além de casos ridículos em que se comenta: "Olha, está a querer fazer as loucuras que não fez em novo...", "Agora com aquela idade é que se foi meter com as(os) miúdas(os)...".

A beleza da vida é para ser degustada a cada dentada, não estar à espera que a próxima lhe saiba melhor.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"...quanto mais ladrões, mais queridos, mais simpáticos..."

O título não são palavras minhas. Minhas, fico-me só com estas e, mais estas: Grande MULHER! porque, não é fácil ser assim, nem vai ser fácil...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O que faz falta?

Obrigado Lurdes pelo artigo e título do meu post!

Num post anterior com o título "pessoas e PESSOAS" termino assim: "...quando há uma reivindicação pertinente, por exemplo, do sector primário da nossa economia, quantos do secundário e terciário ficam sensíveis e apoiam a causa activamente?", ao que junto as interrogações de António Barreto, no fim do seu artigo: "...tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo..."

Eu não sei o que é que se passa connosco contudo, atrevo-me a acrescentar mais uma às interrogações de António Barreto: Egoísmo?


SÓCRATES E A LIBERDADE,
por António Barreto in "Publico"

EM CONSEQUÊNCIA DA REVOLUÇÃO DE 1974 , criou raízes entre nós a ideia de que qualquer forma de autoridade era fascista. Nem mais, nem menos.
Um professor na escola exigia silêncio e cumprimento dos deveres?
Fascista! Um engenheiro dava instruções precisas aos trabalhadores no estaleiro? Fascista! Um médico determinava procedimentos específicos no bloco operatório? Fascista! Até os pais que exerciam as suas funções educativas em casa eram tratados de fascistas.
Pode parecer caricatura, mas essas tontices tiveram uma vida longa e inspiraram decisões, legislação e comportamentos públicos. Durante anos, sob a designação de diálogo democrático, a hesitação e o adiamento foram sendo cultivados, enquanto a autoridade ia sendo posta em causa. Na escola, muito especialmente, a autoridade do professor foi quase totalmente destruída.
EM TRAÇO GROSSO, esta moda tinha como princípio a liberdade. Os denunciadores dos 'fascistas' faziam-no por causa da liberdade. Os demolidores da autoridade agiam em nome da liberdade. Sabemos que isso era aparência: muitos condenavam a autoridade dos outros, nunca a sua própria; ou defendiam a sua liberdade, jamais a dos outros. Mas enfim, a liberdade foi o santo e a senha da nova sociedade e das novas culturas. Como é costume com os excessos, toda a gente deixou de prestar atenção aos que, uma vez por outra, apareciam a defender a liberdade ou a denunciar formas abusivas de autoridade. A tal ponto que os candidatos a déspota começaram a sentir que era fácil atentar, aqui e ali, contra a liberdade: a capacidade de reacção da população estava no mais baixo.
POR ISSO SINTO INCÓMODO em vir discutir, em 2008, a questão da liberdade. Mas a verdade é que os últimos tempos têm revelado factos e tendências já mais do que simplesmente preocupantes. As causas desta evolução estão, umas, na vida internacional, outras na Europa, mas a maior parte residem no nosso país. Foram tomadas medidas e decisões que limitam injustificadamente a liberdade dos indivíduos. A expressão de opiniões e de crenças está hoje mais limitada do que há dez anos. A vigilância do Estado sobre os cidadãos é colossal e reforça-se. A acumulação, nas mãos do Estado, de informações sobre as pessoas e a vida privada cresce e organiza-se. O registo e o exame dos telefonemas, da correspondência e da navegação na Internet são legais e ilimitados. Por causa do fisco, do controlo pessoal e das despesas com a saúde, condiciona-se a vida de toda a população e tornam-se obrigatórios padrões de comportamento individual.
O CATÁLOGO É ENORME. De fora, chegam ameaças sem conta e que reduzem efectivamente as liberdades e os direitos dos indivíduos. A Al Qaeda, por exemplo, acaba de condicionar a vida de parte do continente africano, de uma organização europeia, de milhares de desportistas e de centenas de milhares de adeptos. Por causa das regulações do tráfego aéreo, as viagens de avião transformaram-se em rituais de humilhação e desconforto atentatórios da dignidade humana. Da União Europeia chegam, todos os dias, centenas de páginas de novas regulações e directivas que, sob a capa das melhores intenções do mundo, interferem com a vida privada e limitam as liberdades. Também da Europa nos veio esta extraordinária conspiração dos governos com o fim de evitar os referendos nacionais ao novo tratado da União.
MAS NEM É PRECISO IR LÁ FORA. A vida portuguesa oferece exemplos todos os dias. A nova lei de controlo do tráfego telefónico permite escutar e guardar os dados técnicos (origem e destino) de todos os telefonemas durante pelo menos um ano. Os novos modelos de bilhete de identidade e de carta de condução, com acumulação de dados pessoais e registos históricos, são meios intrusivos. A vídeo vigilância, sem limites de situações, de espaços e de tempo, é um claro abuso. A repressão e as represálias exercidas sobre funcionários são já publicamente conhecidas e geralmente temidas. A politização dos serviços de informação e a sua dependência directa da Presidência do Conselho de Ministros revela as intenções e os apetites do Primeiro-ministro. A interdição de partidos com menos de 5.000 militantes inscritos e a necessidade de os partidos enviarem ao Estado a lista nominal dos seus membros é um acto de prepotência. A pesada mão do governo agiu na Caixa Geral de Depósitos e no Banco Comercial Português com intuitos evidentes de submeter essas empresas e de, através delas, condicionar os capitalistas, obrigando-os a gestos amistosos. A retirada dos nomes dos santos de centenas de escolas (e quem sabe se também, depois, de instituições, cidades e localidades) é um acto ridículo de fundamentalismo intolerante. As interferências do governo nos serviços de rádio e televisão, públicos ou privados, assim como na 'comunicação social' em geral, sucedem-se. A legislação sobre a segurança alimentar e a actuação da ASAE ultrapassaram todos os limites imagináveis da decência e do respeito pelas pessoas. A lei contra o tabaco está destituída de qualquer equilíbrio e reduz a liberdade.
NÃO SEI SE SÓCRATES É FASCISTA. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas TEMOS DE RECONHECER: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação?
Acordo? Só se for medo...
António Barreto \ Público"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Unfriend

Unfriend = desamigo

Pois é! Foi eleita pelos britanicos a palavra do ano à custa das comunicações cibernéticas.

É verdade que se queremos evoluir e ou estarmos actualizados, temos de aderir à vontade das massas caso contrário, ficamos, no caso português, "a oeste do paraíso". E, para não correr o risco de ser conotado de "velho do Restelo" vamos lá reformular o texto:

Yá! Foi eleita pelos bifes a palavra do ano porque o people achou fixe usá-la.

Yá que se queremos evoluir tipo estarmos sempre na onda, temos de ser fixes à onda do people senão ficamos, no caso portuga, "fora da onda". Pah, para não ser tecla 3 [DEF (deficiente)], tipo cota, bute lá escrever doutra maneira:

...

E por aí fora, até chegarmos a um texto... olhem, tipo não sei o quê.



terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Será velho do Restelo?

Publico aqui um e-mail que anda por aí a circular, dá que pensar! Uns encontram razões para contrapor o exposto outros, acrescentarão outras razões para reafirmar a indignação.

No que me diz respeito, acho que seria insensatez da minha parte por exemplo: ter 300000 eur, comprar um Porsche no valor de 250000 eur, ter familiares no limiar da pobreza, e usar o restante para completar o vencimento mensal para que pudesse sustentar o nível de vida a que me tinha proposto. Quanto aos familiares; "olha, que se arranjem, ninguém os mandou serem pobres e ou não terem estudado para serem doutores..."

Utopia? infelizmente!

O e-mail:

Este é o pensamento político que temos(em Portugal), está em todas:
· Estádios de futebol, hoje às moscas,
· TGV,
· novo aeroporto,
· nova ponte,
· auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
· etc. etc.

A quem na verdade serve tudo isto?
PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM A QUEM VAI SERVIR O TGV ...
1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO ( alemães, franceses e espanhóis )
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E .. CLARO as espanholas
3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ... finanças internacionais

OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS - ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !
Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.
Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.
Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, constroem aeroportos em cima de pântanos, nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais. O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos. Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País. Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:
- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um). E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária. Cabe ao Governo reflectir. Cabe à Oposição contrapor.
Cabe-lhe a si participar